domingo, 29 de março de 2009

Sensibilidade

Sensibilidade é característica importante em grandes amizades. Porque, por mais que a intimidade possa ajudar, muitas vezes é preciso ser sensível para saber o que realmente se passa na cabeça do outro, interpretar palavras, interpretar ações, ler as mensagens que o corpo envia. Às vezes as palavras são exatamente o oposto do que elas querem dizer.

Pode ser uma amizade de 10 anos, quando não se tem sensibilidade, coisas importantes podem passar despercebidas. Uma mágoa pode crescer na velocidade da luz, uma palavra pode mudar dois destinos, um momento de silêncio pode simbolizar o enterro do relacionamento.

Eu não estava lá. Eu não deveria estar lá. Mas eu estava lá. E, por mais que não faça o menor sentido, como nada que eu pudesse falar depois, aconteceu. Depois, ninguém falou o que deveria falar e todo mundo preferiu ignorar o que havia acontecido. E agora é como se estivéssemos em lados opostos da Muralha da China, ou como Coréia do Sul e Coréia do Norte, poderia ser também frio e quente, certo e errado, azul e rosa... Linhas paralelas.

Mas é amizade. E quando é amizade, há sempre uma forma de resolver o impossível. Porque o amor é egoísta demais para superar problemas, enquanto a amizade é o amor sem o ônus do ser.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Comédias Românticas são clichês! Dã!


Nunca pensei em ser crítica de cinema, nem crítica de nada, na verdade. Não sou boa em fazer julgamentos, já que muitas vezes acho “bom” o que experimento, seja uma comida diferente, um filme ou um programa novo.

Mas sou boa observadora e sei relatar bem os fatos que presencio com certa freqüência. Estou cansada de abrir os jornais de sexta-feira e me deparar com textos de pessoas que são denominadas “críticas” de cinema, que só sabem dizer que as comédias românticas em cartaz são clichês.

Para quem conhece, assiste, gosta ou não gosta, é óbvio que 95% das comédias-românticas são compostas por clichês básicos! Não é, afinal de contas, por isso mesmo que assistimos? Porque sabemos que vamos encontrar ali o cara legal, o cara mau, a menina inteligente e má, a menina bobinha, mas bonita...

Interessante é mencionar quando uma comédia romântica foge dos clichês. Porque aí a gente pode avaliar se, mesmo assim, será interessante ver, certo?

Eu sou eclética e, apesar de não ser boa crítica ou de não ser fascinada por um estilo de filme específico, gosto de comédias românticas, dramas, comédias, terror, suspense, policial, cult, documentário... Gosto mesmo é de ir ao cinema, de ver filmes, de conhecer histórias e tentar encontrar links com a minha própria vida.

Comédias românticas eu quero ver quando estou apaixonada, quando estou triste, quando estou sozinha, quando estou na TPM... e sem os clichês, tudo muda de figura. Tenho que pensar duas vezes: será que vale a pena mesmo ver? E se o mocinho morre no final? Vai acabar com meu humor!

Comédias românticas são clichês e pronto! Chato mesmo é ler a mesma afirmação todas as sextas-feiras nos jornais!

terça-feira, 24 de março de 2009

Love Art

sexta-feira, 20 de março de 2009

Círculo de Monstros

Ontem, quando conversávamos sobre a prisão perpétua de Josef Fritzl - o austríaco que estuprou e manteve sua filha em cárcere privado durante 24 anos - tive um momento "Jesus Cristo", pensando em todo sofrimento que esse homem deve ter vivido quando era criança. Pensei "Deus nos deu o livre arbítrio e é por isso que ele foi julgado e condenado por seus atos". Acredito que a prisão perpétua tenha sido a pena correta.

Quando pensam no assunto, todos focam na menina maltratatada, que teve 24 anos de sua vida, todos, até então, vivendo sob a guarda de um monstro, como os jornais insistem em chamá-lo. Acredito que seja raro alguém pensar no que me veio à cabeça ontem. Essa menina nunca teve contato com amor, carinho, bondade. Ela não tem referência sobre esses sentimentos, o que torna sua vida praticamente fadada ao mesmo destino que teve seu pai.

Mas, então, meu marido me interrompeu e disse "Mas você mesma falou sobre o livre arbítrio, ela pode escolher ser uma pessoa boa, mesmo sofrendo tudo o que sofreu". E, sem pensar, instantaneamente respondi "a última pessoa que fez isso, morreu há 2009 anos".

É difícil superar tantas barreiras. Não é impossível, há pessoas no mundo que vivem nos provando isso. Que mesmo tendo nascido sem oportunidades, consegue ter uma vida digna. Mas sem amor? Não me vem nenhum caso à cabeça.



Há até pouco tempo, em casos como esse, eu teria dito algo do tipo "esse cara tem que morrer, sofrer tanto quanto ela sofreu". Mas algo mudou nos últimos meses. Eu acredito que cada um tem suas razões para escolher que atitudes tomar. E, para o bem ou para o mal, cada um tem que aceitar e pagar as conseqüências.



O que é certo para mim, pode não ser certo para você. O que te satisfaz, pode não te satisfazer. Então, façamos o que nossa consciência acha melhor e aprendamos a conviver com o depois.

domingo, 15 de março de 2009

T r a i ç ã o

A discussão veio à tona com a novela Caminho das Indias, que mostra uma "melhor amiga" traindo a outra com seu marido. Mas todas as matérias jornalísticas feitas após as cenas da telinha garantem que casos como esse são comuns na vida real.

Já me surpreendi com situações e pessoas o suficiente para saber que realmente é possível que coisas assim aconteçam. Mas me pergunto todos os dias se sou inocente demais quando acho que não existe possibilidade de acontecer comigo ou se acredito que as amigas que não percebem tudo acontecendo não fazem vistas grossas para algo tão simples.

Hoje, eu tenho certeza que não me enquadro na situação. Amanhã, quando uma amiga se hospedar na minha casa e tentar ajudar a arruinar meu casamento, posso ficar em dúvida. Convivência dessa forma nunca é bom, principalmente quando há crise no casamento. Nesse caso, amiga, irmã, nem mãe escapa. Qualquer uma pode apresentar um perigo diante da carência do homem e das dúvidas que surgem em relação ao amor do casal.

Acreditar nas pessoas é uma virtude. Mas desconfiar também. Há situações que pedem olhos mais abertos. Na novela, acredito que as situações sejam exageradas exatamente para configurar a situação. Mas há pistas o tempo todo. No mínimo a desconfiança por parte da mulher traída deveria acontecer.

Daí o pior: as mulheres começam a se culpar por não terem percebido o que estava acontecendo. Mas há pessoas assim. Que, como nunca seriam capazes de consumar o fato, acreditam piamente que ninguém mais seria. é uma dificuldade em se transportar para o lugar do outro, de ver a situação com olhos alheios.

Pessoas assim têm uma dificuldade maior de enxergar o mundo, porque acreditam que o mundo se resume ao que sentem, ao que pensam, ao que acreditam e ao que conhecem. Coitadas? Talvez. Mas se abster um pouquinho de si mesmo não faz mal a ninguém.

De uma forma ou de outra, muitas vezes vemos que a traição da melhor amiga é pior do que a traição do marido. E eu entendo. Os melhores amigos são supostamente indiscutivelmente eternos. Podemos mudar de namorado, mudar de marido, mudar de sexo, mas os melhores amigos estarão ali sempre.

Do marido, em nosso íntimo não conseguimos nunca confiar plenamente que ele está livre de desejos, seja por quem for. Portanto, é claro que a mágoa será maior por quem amamos incondicionalmente, certo?

sábado, 14 de março de 2009

Amor - O maior culpado


O amor é usado como principal acusado de todos esses crimes. Porque as pessoas amam, se apaixonam, sofrem, porque elas colocam o amor que têm por elas mesmas em primeiro lugar. A história não é sobre o que o outro sente, jamais. É sobre um sentimento próprio que, provavelmente, machuca de alguma forma o coração e faz com que elas tenham que colocar isso para fora, independente de quem irão machucar.

Elas não esperam a eternidade, não projetam o futuro. Elas só querem saciar sua vontade naquele exato momento, porque há um ódio camuflado de amor consumindo-as por dentro. E se não conseguirem expor tudo isso, poderiam matar a si próprias, antes de fazer mal a outrem.

O ser humano tende a ser tão explicativo sobre todos os males do mundo, que acaba se perdendo entre os tantos conceitos que ele mesmo cria para transformar em razão todas as emoções inexplicáveis.

Médicos e políticos são os mais práticos, a Igreja é a mais complicada. E entre eles, estão pessoas como eu e você, que tentam se afastar do meio dessa confusão de ideias para tentar ver a situação de uma forma mais ampla, para ver todos os lados da história, para entender porque as pessoas podem ser crueis e porque as perdoamos eventualmente.

Todos os dias vemos casos isolados nos noticiários, de estupros, de abuso sexual dentro de famílias, de padres molestando meninos, de ex-namorados matando ex-namoradas, de atentados a escolas e guerras religiosas.

Mas é um caso, de cada um dos citados acima, que ganha espaço. Há milhares e milhares de outras histórias idênticas ou similares acontecendo ao mesmo tempo. Há crianças sendo molestadas, mães que nunca vão saber, pais que nunca vão parar e que vão transformar essas crianças em pessoas iguais a eles.

A paixão que cega o menino que ama a menina que não quer mais estar com ele. Ele mata quem for preciso, porque tudo o que quer é seu amor, que sabe que não terá mais. Então, qual é o valor da vida para ele, se a sua acabou? É assim que meninos e meninas pensam hoje em dia e não há ninguém ao seu lado para explicar que a vida é assim mesmo e que ele se apaixonaria ainda muitas vezes e que faria outras pessoas sofrerem, como ele sofreu. Sem ter o desejo de fazê-lo, mas simplesmente porque não mandamos no coração.

E, em meio a todas essas preocupações, ainda temos que escutar de um padre, que supostamente existe para aliviar nossas dores, para acalmar nossas almas, para nos guiar em meio a todas as barreiras que despencam na nossa frente enquanto caminhamos, que o crime do aborto é pior que o crime do estupro.

Depois de sua afirmação, eu não tive dúvidas que esse padre molesta crianças. Porque ele acredita que Deus é capaz de perdoa-lo por isso. E se Deus perdoa, por que não acalmar seus desejos realizando-os?

Para ele, não dói a imagem de uma menina, uma criança de 9 anos de idade, que brinca com suas bonecas, que vai à praia sem a parte de cima do biquini, que toma banho com os primos, que está ainda aproveitando a parte pura da vida, sendo atacada, violentada, molestada, estuprada por um homem que deveria estar ali para protege-la, para fazer o papel de PAI!

A Igreja deveria ser abolida ou, no mínimo, reformulada. A Igreja não se adaptou à nova sociedade. Ela acha que se adaptar é se render ao mal. Ela não entende que, independente do que pensa, as pessoas vão continuar fazendo sexo por prazer, que as pessoas querem ter filhos mesmo que seus corpos não sejam capaz de produzi-los, que a sociedade está cada vez mais perto de entender o que é certo e o que é errrado, do que é fazer o bem e do que é fazer o mal.

E em pleno século XXI, 2009 anos após a passagem de Cristo pela Terra, um padre chega para tentar confundir todos os valores que temos, tudo o que acreditamos.

A camisinha salva vidas, evita o tão temido aborto que eles abominam. Estupradores sofrem de uma doença que a Igreja insiste em achar normal, como achavam quando ela foi formada, há mais de 2009 anos. Há pessoas que não podem ter filhos e há pessoas que têm e que não querem os seus, então a adoção é uma das ações mais nobres que alguém pode realizar. E isso é amor.
Amor é você querer o bem, acima de tudo. Amor é você fazer o bem, fazer alguém feliz. Amor é você abrir mão dos seus sentimentos em prol do outro. Amor é você respeitar limites, entender posições diferentes, aceitar o outro, mesmo o outro sendo diferente de você. Amor é verdade. Amor é justiça.

O amor não machuca. O que machuca é amar sem ser amado. E só.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA


Miguezim de Princesa

I

Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II

Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III

Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV

Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V

O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI

Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII

É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII

Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX

Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X

E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O melhor lugar do mundo


Desde pequena eu penso que temos que buscar a felicidade. Se não estamos fazendo mal a ninguém, se não estamos interferindo aonde não nos é permitido, podemos ser felizes fazendo qualquer outra coisa. E foi assim que eu encontrei o melhor lugar no mundo, para mim e o melhor lugar no mundo para mim. Com ênfase na vírgula da primeira afirmação.


Você pode não fazer nada e fazer todas as coisas ao mesmo tempo, revogar as funções mais óbvias e mais personalizadas de cada um dos seus sentidos, pode rir, chorar, pode sentar, ficar em pé, deitar e há quem consiga até mesmo levitar.


Quando eu vi a praia pela primeira vez, pensei que fosse ali. E senti a mesma coisa quando encontrei minha metade perdida. Seu colo, seu ombro, seu corpo sempre pareceram ser o lugar onde eu me encontrava, onde me conhecia por inteiro, melhor. Mas como todos os dias corremos o risco da surpresa, eis que algo ainda mais aconchegante apareceu.


Não é uma ilha paradisíaca, nem o abstrato da presença de alguém que eu amo, não é o colo da minha mãe, nem a admiração do meu pai, tampouco o aconchego da minha cama, ou de muitos outros lugares onde meu corpo já teve seus momentos de aproximação com o Nirvana.


O melhor lugar do mundo é qualquer luagr que você esteja, quando o sentimento de felicidade invade seu corpo, passa pelo seu coração e chega à sua cabeça, retirando qualquer tipo de sentimento ruim que possa estar presente. Afasta as energias, boas e ruins e faz, por milésimos de segundo, seu corpo se abster no universo.


A felicidade real faz com que lugares fiquem marcados, com ou sem imagens, mas principalmente com pelo vazio do sentimento mais cheio possível. Felicidade plena.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Gente Fina - Martha Medeiros


Gente Fina...


Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação.
Todos a querem por perto.
Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões, quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados:
sabe transgredir sem agredir.
Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana.
Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho.
Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar.
Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada
e num castelo no interior da Escócia.
Gente fina não julga ninguém - tem opinião, apenas.
Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer?
Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e,
como o próprio nome diz, não engrossa.
Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros.
Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra.
Gente fina é que tinha que virar tendência.


Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença.


MARTHA MEDEIROS

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sometimes it looks like love

Depois de alguns anos e meses juntos, ele chegou na casa dela com um olhar estranho. Parecia que tinha lágrima, mas, ao mesmo tempo, aquela determinação dos seus passos, a forma como sentou no sofá, o fato de nem ter se aproximado para dar-lhe um beijo e não ter olhado em seus olhos como fez em todos os outros dias, centenas de dias... ela sabia que alguma coisa estava errada. Mas não quis perguntar.

Continuou arrumando a mesa do jantar e garantiu levar o tempo necessário para que seus pais descessem e eles não tivessem que ficar sozinhos e pudessem conversar. Jantaram. Conversaram sobre o de sempre. Seu pai e ele, sobre futebol. Sua mãe lhe contou como foi difícil o dia no trabalho e acrescentou algumas fofocas que ficou sabendo de suas amigas.

Após o jantar, seus pais subiram e o momento que ela tentara evitar desde o momento em que o viu, chegou.

Antes mesmo de começar a falar, seus olhos se encheram de lágrima. Ela chegou a ficar com pena, por um segundo, mas sabia que logo seus sentimentos mudariam. Ele falou um pouco sobre como ela tinha sido importante em sua vida, sobre o quanto a amava, mas estava ali partindo seu coração em pedaçoes incontáveis.

Não deu ao menos um motivo, só disse estar confuso.

Ela chorou. Chorou bastante. Porque durante todo aquele tempo que passaram juntos, em nenhum único segundo pensou na possibilidade de se separarem. Não pensava também se ficariam juntos para sempre, apenas aproveitava os momentos juntos. Mas viu que tinha acabado de perder seu amor. E, diante de motivo algum, não tinha como usar argumantos. Contra o que argumentaria?

Eles terminaram. Mas não demorou muito para que ela pudesse ter notícias dele. Estava ficando com uma menina da faculdade.

Ela chorou mais. E depois de algum tempo, começou a namorar também.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Just because I love


Ela grita com você porque gritar faz com que ela se sinta viva. Porque ela ama, porque ela sente, porque ela existe. Se ela não gritasse, teria menos respeito do mundo. Porque o mundo fala a língua do amor, porque as pessoas se importam e porque quem não se importa, não faz diferença no final das contas.


Ela fica doente, tem febre, gastrite, sua pressão cai. Porque você não está aqui para escutar o que ela tem para dizer. Porque ela te ama e você não está aqui para ouvir. Então, se ela te ama, o que é que tem? Você não sabe, então é como se o amor dela não existisse.


Então, para eu existir você tem que me ver? Acho que não, mas alguém tem que estar aqui comigo para validar minha existência... então, eu acho que sim.


Se ela sofresse, estaria mais feliz. Mas ela não sente mais essa dor, ela não enxerga mais a tristeza, porque você não está mais lá, porque vocês não estão mais lá, porque não tem ninguém onde todo mundo está.